Fibromialgia

A fibromialgia afeta homens, mulheres e crianças, no entanto as mulheres são as mais afetadas.

Estima-se que cerca de 80% a 90% da população mundial afetada são mulheres entre os 20 e os 50 anos de idade.

Em Portugal, estima-se que existam cerca de 3,6% de casos mas que o número de casos ainda não diagnosticados pode ser impactante.

É urgente sensibilizar as pessoas para o estigma associado a quem sofre desta doença.  Apesar de ser uma doença “invisível” se não for levada a sério pode trazer consequências sérias a nível psicológico. Infelizmente ainda existe muita falta de informação e de apoio, o que obriga os doentes a viverem sem diagnóstico ou então a lidarem sozinhos com a sua dor.

É sim possível melhorar a qualidade de vida e através de controlo terapêutico ensinar os próprios doentes a compreenderem e a lidarem com os seus sintomas.

O que é a Fibromialgia?

A fibromialgia é uma doença crónica caracterizada por dor músculo-esquelética generalizada e difusa mas também por pontos de dor que se concentram em regiões particulares e específicas do corpo, chamados “tender points”: pescoço, ombros, região lombar, ancas, cotovelos e joelhos.

Estas dores variam a sua intensidade dependendo de vários fatores como a mudança de tempo, níveis de stress e ansiedade, falta de sono,  questões hormonais entre outros.

Sintomas

A dor é o sintoma mais comum e é descrita como uma sensação de mal-estar em que podem, por vezes, ocorrer espasmos musculares.

Outros sintomas:

  • Fadiga;
  • Exaustão profunda;
  • Sono não reparador;
  • Insónias;
  • Rigidez Matinal;
  • Distúrbios cognitivos: memória, concentração, foco;
  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Dor mamária;
  • Dores de cabeça;
  • Dores nos maxilares e na face;
  • Tonturas;
  • Sensação de formigueiro nos membros superiores;
  • Aumento de peso;
  • Alterações intestinais;
  • Alguns pacientes com fibromialgia também podem desenvolver a síndrome do intestino irritável (SII).

Causas

Não se conhecem, ao exacto, as causas que estão na origem desta doença mas sabe-se que são diversos os fatores que podem contribuir para se desenvolver fibromialgia, nomeadamente algumas doenças imunológicas e endocrinológicas e também a desregulação de determinadas substâncias do sistema nervoso central.

Existe muita sobreposição entre a fibromialgia e outras doenças como artrite reumatóide,  síndrome de fadiga crónica e com o lúpus sistémico eritematoso.

Alguma evidência tem vindo à luz em que poderá existir uma inflamação no cérebro – neuroinflamação – , ou seja, uma inflamação específica do sistema nervoso (cérebro e medula espinhal) que está presente numa variedade de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer, a Esclerose Múltipla e o Excesso de Stress.

Alguns estudos demonstram a presença de neuroinflamação em pacientes com fibromialgia ou seja que possuíam níveis elevados de algumas substâncias de inflamação no líquido cérebro-espinhal.

Diagnóstico Diferencial

Não existem exames laboratoriais, radiológicos ou outros que confirmem ou excluam a presença da Fibromialgia. O seu diagnóstico é realizado após exames para descartar a possibilidade de outras patologias com sintomatologia idêntica e perante o quadro clinico do paciente na avaliação presencial.

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